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No primeiro semestre de 2015 foi realizado por nós um trabalho sobre Queimaduras Térmicas em Coxins.
O principal objetivo de todo o trabalho de pesquisa é
orientar os proprietários e procurar reduzir os casos de queimaduras solares
nos coxins ( almofadinhas ) dos cães.
E mostrar através de pesquisas histopatológica as lesões causadas nos tecidos
dos coxins de cães e os danos que a queimadura solar pode causar e possíveis
infecções decorrente disso.
A idéia do blog
surgiu, quando percebemos que há pouca ou nenhuma informação realmente com um
fundo científico sobre o assunto na internet. Tudo o que foi publicado aqui tem
uma referência bibliográfica, descrita no final de cada postagem.
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Queimadura Térmica – Descrição Histológica e Fisiopatológica de Queimaduras Térmicas em Coxins
COXINS
O revestimento externo do corpo é composto pela pele e suas
especializações, que, incluem os coxins. (SAMUELSON, 2007).
Os coxins plantares
ou digitais dos carnívoros (Fig.1) são regiões da pele altamente
queratinizadas, espessadas, altamente pigmentadas e desprovidas de pelos. Os
coxins digitais resistem à abrasão e são eficientes amortecedores de golpes
(BANKS, 1991).
A queimadura é
definida como uma agressão à pele causada por calor excessivo ou produtos
cáusticos. As mais comuns são resultados de exposição ao calor e a produtos
químicos. A severidade delas pode ser determinada pela profundidade, tamanho,
localização e a idade do paciente (DESANTI, 2005).
Há evidencia
apreciável indicando que estímulos sensoriais são percebidos na ausência do
córtex cerebral, e isso é particularmente verdadeiro com relação à dor.
Estímulos dolorosos geralmente iniciam respostas enérgicas de retirada e
evasão. Além disso, a dor é única entre as sensações, pois traz consigo um
afeto desagradável. (GANONG, F. WILLIAN, 1998)
ANATOMIA
A pele tem muitas funções,
intimamente ligadas à sua estrutura complexa. Para compreendê-la, portanto,
devemos estar familiarizado com sua morfologia, descritas em anatomia e
histologia da pele. A pele sendo o maior órgão do corpo corresponde a 16% de
seu peso (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
A pele que
recobre a superfície do corpo é constituída por uma porção epitelial de origem
ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a
derme. Abaixo e em continuidade com a derme está à hipoderme, que, embora tenha
a mesma origem da derme, não faz parte da pele, apenas lhe serve de suporte e
união com os órgãos subjacentes (FITZPATRICK ; AELING, 2000).
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<http://www.labellealana.com/2011/06/lambedura-de-patas.htm>
HISTOLOGIA
A pele é composta por duas porções: epiderme e a
derme. A epiderme consiste em um tecido epitelial estratificado pavimentoso que
é normalmente queratinizado. Internamente, abaixo da epiderme, existe uma
camada de tecido conjuntivo chamada de derme, que consiste em um tecido
conjuntivo denso não modelado (SAMUELSON, 2007). As principais funções dos
epitélios são o revestimento de superfície, absorção de moléculas, secreção
(nas glândulas), percepção de estímulos e contração exercidas pelas células
mioepiteliais (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2008).
O tecido conjuntivo,
como o próprio nome sugere, liga e mantém unidos os outros tecidos. É uma
estrutura tridimensional que sustenta o tecido epitelial e outros tecidos,
desempenhando importante papel na regulação térmica, armazenamento, defesa,
proteção e reparação. A maior parte do tecido conjuntivo é de origem
mesodérmica e compõe-se de celular móveis e fixas cercadas por extensa matriz
extracelular de fibras constituídas por proteínas, substancia fundamental e
líquido intersticial (SAMUELSON, 2007).
Nas regiões mais
profundas da pele, na hipoderme, está presente um tecido denominado tecido
adiposo e em muitos animais funcionam como isolamento térmico e mecânico. As
células, os adipócitos, estão normalmente associados a vísceras e regiões de
sistema musculoesquelético, como as membranas sinoviais das articulações e os
coxins plantares digitais. Nessa condição, servem para absorver choques
(SAMUELSON, 2007).
Microscopia de luz do Sistema Tegumentar (Pele Grossa). Queratina (Q); Tecido epitelial ou epiderme (E); Tecido Conjuntivo ou Derme (D). (Corada com hematoxilina e eosina 20x) <http://www.vegarcez.com.br/> Acessado em 08 de Maio de 2015.
FISIOLOGIA DA DOR
A informação sensorial é codificada e transmitida como sinais nervosos e novamente decodificada no sistema nervoso central. O que chama a atenção é que essas várias operações são todas realizadas por células nervosas que funcionam do mesmo modo fundamental, baseado no potencial elétrico através da membrana celular e geração de potencial de ação. (KNUT SCHMID NIELSEN, 2002).
Os órgãos dos sentidos para a dor são as terminações nervosas livres encontradas em quase todo o tecido do corpo. Os impulsos nervosos são transmitidos ao sistema nervoso central por dois sistemas de fibras (GANONG, F. WILLIAN, 1998).
A presença de duas vias para a dor, uma lenta e outra rápida, explica a observação fisiológica de que existem dois tipos de dor. Um estímulo doloroso causa sensação localizada, aguda, em pontada, seguida por sensação surda, intensa, difusa, desagradável. Essas duas sensações são em geral, chamadas de dor rápida e lenta ou primeira e segunda dor. Quanto mais longe do cérebro dor aplicado o estímulo, maior será a separação temporal entre os dois componentes. (GANONG, F. WILLIAN, 1998).
Receptores para a dor são específicos, e a dor não é produzida por superestimulação de outros receptores. Por outro lado, o estimulo adequado para os receptores da dor não é tão especifico quanto para os outros, uma vez que eles podem ser estimulados por uma variedade de estímulos fortes. Por exemplo, receptores para a dor respondem ao calor, mas calcula-se que o limiar para energia térmica é mais do que 100 vezes o dos receptores ao calor (GANONG, F. WILLIAN, 1998).
HISTOPATOLOGIA
As injúrias causadas por queimaduras são extremamente
complexas levando a comprometimento respiratório, cardiovascular, dermatológico
e sistêmico, requerendo um conhecimento apropriado de fisiologia,
endocrinologia, nutrição e sistema imunológico para dar aos pacientes um
tratamento apropriado (TELLO, 2002).
Na fase imediata
após a queimadura, as necessidades energéticas do indivíduo queimado se
aproximam do limite de reserva fisiológica, excedendo, em até duas vezes, os
níveis calóricos basais exigidos por uma pessoa saudável (TREDGET; MING, 1992).
De acordo com Knobel
(1998) as queimaduras são classificadas como:
Primeiro grau – Apenas
a camada superficial da pele (epiderme) é atingida. O sinal característico é a
presença de vermelhidão da pele e ardor como ocorre na queimadura solar.
Segundo grau – Além da cama
superficial, a camada intermediaria da pele (derme) é atingida. Os sinais
característicos são a presença de bolhas, dor e a perda de líquido pela área
queimada. Também apresentam uma cor rósea após a rotura da bolha. São
classificadas em superficial, quando apenas a camada superficial da derme é
atingia, e profunda, quando além da camada superficial da derme a camada
profunda também é atingida, podendo, essa ultima, transformar-se em queimadura
do terceiro grau.
Terceiro grau – Além
da derme, a hipoderme é atingida. O sinal característico é a ausência de dor na
área queimada, a formação de uma crosta seca e branca e a facilidade em extrair
os pelos. É a mais grave de todas as lesões térmicas, visto que provoca lesões
deformantes, não restando tecido cutâneo capaz de regenerar; de imediato haverá
necessidade de enxertia para reparação da lesão. (KNOBEL, 1998).
<http://fuiacampar.com.br/primeiros-socorros-para-queimaduras/>
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COSTA, I. R.; SPROVIERI, V. V.; LUCENA, F. F.; SILVA, M. R. A. T.; |
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1 comentários:
caramba, vocês arrasaram nesse post! parabéns de verdade!
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